sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Em rodopio

A vida anda num rodopio unico, a 100 à hora, sem qualquer paragem ou abrandamento. As decisões são tomadas a quente sem hipoteses de pensar duas vezes. Sem tempo para parar ou para arrependimentos.



Quando não se tem nada a perder, nada se perde... Arrisca-se o caminho, salta-se a encruzilhada, porque a vida é assim mesmo, feita de riscos e de opções, de certezas e de incertezas (principalmente de incertezas).



Venha o futuro, estou cá para o receber!!



Entretanto, organiza-se a casa, a cabeça e preparamos a alma para o campo de batalha - Vou para terras alentejanas retemperar energias...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Desabafo

Em forma de desabafo... Sim, também penso em ti. Sim, também gostava que tivesse sido diferente. Sim sei que em parte, em parte! a culpa foi minha. Sei que fui uma besta. Sei que tenho um feitio miserável e complicado... Sim, também não me esqueci de ti e que, apesar de não acreditares, ainda me preocupo contigo.

Mas gostava que tu, TU! também assumisses a tua culpa nesta história toda. Que desta vez olhasses para o teu umbigo mas por um ponto de vista diferente. O meu! Gostava que reconhecesses que não foste apenas tu a vitima nesta história toda. Gostava que percebesses que, há muito mais tempo, daquele que imaginas, aquilo que consideravas ser a nossa amizade
para mim já tinha deixado de o ser há muito tempo.

Apesar de me preocupar, apesar de por vezes desejar que o tempo voltasse atrás. Apesar de imaginar como teria sido se as coisas tivessem sido diferentes.... neste momento não há salvação possível para nós. Por muito que isto me doa, prefiro a nossa distância fria, fisica e sem sentimento do que a batalha que seria voltarmos a conquistar uma confiança inconquistável, eternamente desconfiada e insegura capaz de se desmoronar como um castelo de cartas ao primeiro sopro.

Desejo-te felicidades!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Acampamento (quase) selvagem

Sou adepto de programinhas combinados em cima do joelho. Tenho aquela teoria que quanto mais improvisadas forem as coisas melhor elas correm... bem... até à data.

Há já algum tempo que não tinha um fim-de-semana livre. Mas este fim-de-semana tive. 2 dias livres, 48 horas para o relaxe... Queria aproveitar, mas nem sabia bem como. Até que surgiu o convite. 4ª feira - proposta para ir passar o fim-de-semana à Costa Vicentina. 5ª feira - proposta aceite e confirmada. 6ª feira - saida de Lisboa.

Chegámos ao parque de campismo de S. Torpes plas 23h30. Prontos para um fim-de-semana relaxado de praia e amigos. Montadas as tendas, descobre-se que os balneários do parque de campismo não tinham água... Uiiiii, primeiro impacto - negativo!

Discussão na recepção do parque... Nada a fazer. Se quisessemos podiamos ir embora; água só na manhã seguinte.

Manhã seguinte... Água na torneira Zero! Segundo impacto- negativo!! Ok, desta vez saltamos a discussão na recepção e vamos logo para a praia. Há que aproveitar o dia. O primeiro mergulho do ano. As águas quentes do mar (graças à central "nuclear" :D). O verdadeiro trabalhar para o bronze... Jantar na praia. E agora sim, após um dia de praia, de barriguinha cheia, decidimos voltar para o parque de campismo, prontos para um banho quentinho.

Entrada do parque de campismo. Dez da noite. Uma multidão insipiente à entrada da recepção. GNR's à mistura. Pessoas barafustavam em vários tons e linguas. Ok, antevia-se o pior. De certeza estavamos no meio de um pesadelo. - Quê passa?!? - Não há água nem luz! - What? Como assim? A água não chegou a vir o dia inteiro? - hmmm, nop.

Ok, vamos guardar distância dos balneários, pois nem queremos imaginar o campo de batalha daquele lugar. O corpo cheio de sal e areia da praia, misturado com o pó do parque pedia água... Terapia de grupo, mentalizarmo-nos que nos temos de deitar naquele estado miserável. Pegar nos garrafões de água e usa-la para lavarmos os dentes e para conseguirmos alguma dignidade humana.

No dia seguinte rumámos em direcção a Lisboa o mais cedo possível, sem antes passarmos pela recepção do parque para os informar que não pagariamos o pedaço de terreno que nos tinham generosamente cedido para colocar as nossas tendas. Uma casa-de-banho com água corrente esperava ansiosamente por cada um de nós.

Foi realmente um fim-de-semana único que apesar de tudo até foi engraçado. É engraçado quando surgem imprevistos. É engraçado verificar que apesar de vivermos acomodados e habituados às mordomias do lar, o ser humano consegue adaptar-se às falhas dos bens essenciais quando assim tem de ser. Estaremos eternamente a evoluir e a sobreviver.