segunda-feira, 24 de março de 2008

Life...


Hoje tive uma reunião numa empresa na área da medicina do trabalho. Essa empresa gere o posto médico de uma grande empresa.

A meio da reunião o meu anfitrião explicava-me que, felizmente, nos últimos 20 anos, tinham sido poucos os acidentes de trabalho que resultaram na morte do trabalhador no desempenho da sua actividade. Embora poucos, e por essa razão, ainda me descreveu com algum detalhe 2 ou 3 óbitos.

É a meio das suas explicações que me percorre um arrepio na espinha. Não apenas porque sou uma “criança sensível”, com uma imaginação fértil, mas contudo com um estômago fraco, mas também porque subitamente me imaginei a dar um rosto e uma vida a esses trabalhadores. E descobri que esses trabalhadores podiam ser um “Zé”, um “António” e um “Manel”, com mulheres e filhos.

Certamente naquele dia, no último dia, saíram de casa, como saíram no dia anterior e no antes desse, e foram trabalhar, como sempre. As suas vidas, mais ou menos, seguiam a sua rotina diária. Talvez sem grandes planos, sem grandes emoções… ou com planos curtos, para o fim-de-semana, para as férias, para o próximo ano.

Sem grandes emoções ou cheias delas, esses trabalhadores tinham uma vida, uma vida anónima como todos nós, todos nós que nos cruzamos no dia a dia. No entanto, naquele dia, foi o último dessas pessoas.

Será que viveram tudo o que tinham a viver? Será que terminar a sua vida naquele dia súbito, sem escolha prévia, foi um bom acaso do destino?

Isto faz-me perceber que a vida não segue linhas rectas; que o ser humano, por muito que se ache, não é imortal. Hoje em dia, as pessoas que falecem de velhice são simplesmente seres privilegiados na sociedade.

É isto que me faz pensar e querer aproveitar cada vez mais a vida. Estar com os meus amigos sempre que posso, mas também começar a parar um pouco mais em casa junto à minha família. Seguir um pouco mais o impulso em vez de as regras. Fazer porque me apetece fazer e não porque tem ou não tem de ser feito.

Aproveitar os convites para jantares e cafés sempre que eles surgem, invés de inventar desculpas apenas porque está a chover lá fora. Enviar mensagens aquelas pessoas que já não vejo á imenso tempo a dizer que não me esqueci delas. Por vezes é tudo tão simples, só temos que aprender a viver.

A vida é simples e curta, temos de a aproveitar, pois nunca sabemos quando ela nos poderá escapar por entre os dedos.

terça-feira, 4 de março de 2008

...

Este blog anda meio parado...

... Será porque a minha vida anda tão emocionante e como tal não tenho tempo para escrever aqui neste cantinho?!

... Será porque a minha vida anda tão pouco emocionante que como tal não tenho o que escrever aqui neste cantinho?