Numa perspectiva profissional costumamos ter contacto com várias pessoas. A maioria delas nem sequer conhecemos pessoalmente, limitamo-nos a ouvir as suas vozes por telefone e quanto muito imaginamos a pessoa; como será, a idade, a maneira de ser…
Num ambiente estritamente profissional procuramos nem sequer dar muita confiança aos colegas, tentamos agir num meio-termo entre o formal e o informal, entre o brincalhão e o sério… tudo numa questão de imagem.
Por questões profissionais tenho estabelecido vários contactos telefónicos nos últimos tempos, com pessoas que não conheço e nunca falei. Que nem sequer imagino quem sejam. Mas tem-me acontecido uma coisa curiosa, que me faz pensar e rir da situação...
Conversa telefónica com uma pessoa que não conhecia até à hora da chamada:
- Boa tarde, estou a falar com o Sr. Eng. Veny?
- Boa tarde, o próprio.
- Sou a Dra. Xpto e obtive o seu contacto através da Eng. Xyz.
- Sim, claro, em que posso ser útil?
- ….
(5 minutos de uma conversa profissional (boring), com formalismo qb.)
- …
- Ok, Veny. Então ainda hoje envio-te a documentação que precisas.
- Agradeço.
- Beijinhos e amanhã ligo-te novamente…
- …
Nunca consigo responder à última frase.
Numa conversa que se inicia de uma forma bastante profissional e correcta, acaba sempre com a perca de algumas pompas e circunstâncias.
Ainda não percebi bem porque raio é que isto me acontece… mas encavaca-me um pouco. Para não falar que já houve uma vez que também retribui os beijinhos…
Tenho aquela sensação que por este andar ainda combino reuniões com os “as” clientes num bar para uns copos…
Será da minha voz?