domingo, 16 de dezembro de 2007

Travesseiros de Sintra

Durante um pequeno-almoço, numa Piriquita, algures em Sintra:

P. - Olha que está quente! - 2 seg. antes de uma grande dentada ser administrada pelo colega de mesa num travesseiro de Sintra.
V. - AAAAAAAAHHHHHHH!!! (30 milionésimos de seg. após a dentada) - Enquanto cuspia metade do recheio do travesseiro e a outra metade lhe escorria pela cara.

Isto tudo numa mesa central, rodeados por turistas finos e "tias" de sintra.

Resultado; o céu da boca queimado e o lábio também, o que se reflecte em duas grandes bolhas e impossibilidade de sentir parte dos sabores.

P. (Com ar calmo e sereno, mas consciente da vergonha que estava a passar) - Eu avisei-te! - (agora em tom mais baixo e entre dentes) - Não podes sair à rua!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fotografias indesejadas

Não sou fotogénico, nem muito adepto de fotografias. No entanto confesso, desde que surgiram as câmaras digitais comecei a fotografar mais e a deixar-me fotografar. O facto de ter a hipótese de escolher quais as fotos que ficam “para mais tarde recordar” e aquelas que “vão desta para melhor”, dá-me um gostinho a senhor e dono do mundo que me agrada…

Embora este controle aparente sobre o mundo registado, os momentos congelados no tempo; ainda sou um pouco tímido e envergonhado em relação a fotos e detesto particularmente as fotos inesperadas, aquelas que nos são tiradas sem qualquer autorização; sem preparação previa, sem aviso… que foi o que me aconteceu no sábado de madrugada.

Sexta-feira à noite era noite de copos com jantar incluído. Bairro alto, diversão, amigos, bebida (com moderação, que aqui o gajo levou carro). Caldinho verde na 24 de Junho antes de ir para casa.

Já eram quase 5 da manhã quando o gajo entra na bela e maravilhosa cidade onde mora. Á entrada da cidade há um sinal, um sinal vermelho por sinal, no momento em que chegou aquele lugar. O relógio marca quase 5 horas, na rua não se vê nenhuma viva alma, nem a pé, nem motorizada. Campo de visibilidade totalmente desafogado sobre todo o entroncamento. O sinal vermelho. 5 da manhã…. Hmmm, e se avançar?! Não está aqui ninguém, são 5 da manhã, não há risco nem para mim nem para ninguém. Ok, sejamos loucos (sim, pensamento no plural, sempre eu e o amigo imaginário), vou avançar!

O carro descai dois metros, pronto para pôr o pé no acelerador… e de repente um flash!! Uma luz azul eléctrica surgiu na noite escura clareando tudo à minha volta. E pronto, cá está, a fotografia tirada por um papparazzi não autorizado. Uma fotografia tirada à sucapa e ainda para mais de um ângulo pouco favorável.

O que mais me chateia é a conta do fotografo que vou receber em casa… até dói só de pensar…