quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Livros para Timor Leste

Todos os dias recebemos vários e-mails, muitos deles do dito spam e há ainda uma boa parte com os "pedidos de ajuda". Sou desconfiado por natureza e, nos dias de hoje, cada vez mais.

Assim, há dias quando recebi um mail a solicitar o envio de livros (ficção, romance, infantis, etc.) para o povo timorense, para os ajudar a perceber um pouco melhor o português, a minha reacção foi desconfiar logo (aparentemente sem qualquer razão, mas não consigo evitar).

Nesse mail vinha o nome de uma pessoa - Joana Santos - que era a pessoa que estava a solicitar os livros. Então, e viva o facebook!!, procurei esta pessoa e consegui contactá-la. A Joana está em Timor desde Outubro e vai ficar lá até ao final deste ano. O pedido dela é verídico e com o único intuito de ajudar os timorenses.

Fui ao sotão procurar os meus livros antigos, aqueles que não leio desde a adolescência, e foi bastante agradável. Cada livro tem a sua história e traz-nos recordações da altura em que o comprámos, quem nos ofereceu, porque comprámos, o que nos fez sentir...

Em 5 minutos consegui escolher uns 7/8 livros que poderiam satisfazer um potencial leitor em Timor Leste e fui directo aos correios. Não foi difícil e no fim fiquei satisfeito comigo mesmo, que é uma sensação óptima!

Poderão fazer a mesma coisa. Transcrevo um excerto do mail:

"Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €.

Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.

Devem enviar as encomendas em meu nome (Joana Alves dos Santos) para:

Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli - TIMOR LESTE

E O QUE MANDAR?

Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc.
Evitem gramáticas e manuais escolares.
Dicionários, mesmo que um pouquinho desatualizados são bem vindos.
Este critério é meu e explico porquê.
Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação.
Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas.
O caso dos dicionários é outro.
Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras.
Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa."


Vasculhem os vossos livros antigos e dêem-os a pessoas que precisem deles. Não custa (quase) nada!!

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